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GALERIA MESTRES EM DESTAQUE

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François André Danican Philidor

François André Danican Philidor é um dos mais ilustres enxadristas que o mundo já viu, nascido no dia 7 de setembro de 1726, teve uma vida vitoriosa no Xadrez, onde marcou época. Começou a pratica do Xadrez enquanto aprendia a tocar instrumentos musicais junto com outros musicos na Capela Real de Versalhes.

Philidpr teve o Xadrez como seu princpal passatempo, até que encontrou um motivo para levar o Xadrez muito a sério, Philidor foi desafiado. Seu desafiante era Sire de Legal, um famoso campeão fracês do clube onde Philidor frequentava para treinar Xadrez. Philidor só foi desafiado porque ninguém acreditava que ele pudesse vencer Sire de Legal.

Após essa vitória, a sua primeira, Philidor entrou de vez no mundo do Xadrez, sendo assim, começou a viajar por diversos lugares, desafiando os mais variados jogadores. No ano de 1749 Philidor fez uma viagem para a Holanda, e logo após, para a Inglaterra, foi na Inglaterra que ele começou a adquirir respeito no meio do Xadrez, ele derrotou o sírio Philippe Stamma por um placar elástico de 8 a 2. Nesse dia, Philidor derrotou o até então considerado, melhor jogador de xadrez do mundo, na época.

Entretanto, após o novo mundo que se abria diante de seus olhos, Philidor teve que largar a carreira musical, com a música ele já estava gastando demais, e o lucro era quase nada, ele começava então, a ter problemas financeiros. Problemas esses que o fez optar por largar a música, arte que ele havia estudao durante quase toda a sua infância, para dedicar-se apenas ao Xadrez, dessa vez, porém, como profissional.

Em meio a torneios de Xadrez que disputava, Philidor foi escrevendo um livro, que após ser lançado, foi um dos maiores sucessos da época, o livro se chamava L’Analyse du Jeu des Échecs, e foi muito apreciado por diversos jogadores de todo o mundo. Philidor entrou para o Hall da fama do Xadrez por quatro motivos muito simples:

Primeiro motivo - Ele conseguiu a façanha de descobrir vários erros nas variantes dos melhores mestre italianos da época (e publicou no seu livro);

Segundo motivo - Sob sua visão de jogar Xadrez, ele apresentou uma nova teoria de jogo dos peões;

Terceiro motivo - escreveu inteligentes análises de finais de partida;

Quarto motivo - obteve enorme êxito em suas partidas, em outras palavras, Philidor mais venceu do que perdeu em toda sua vida.

Durante o seu auge, Philidor era invencível, sua confiança em sua capacidade era tanta, que ele chegava a deixar seu oponente começar o jogo com vantagem material.

Philidor faleceu em 7 de setembro de 1726, na Holanda.

Grandes mestres do xadrez;nacionais,estrangeiros e destaque principal ao mestre brasileiro ( mequinho )

Alexander Alekhine

Em se tratar de tática, Alexander Alekhine é um dos enxadristas mais lembrados entre os praticantes do Xadrez. Com táticas que deixavam seus adversários sem saber o que fazer, Alexander tornou-se um ícone do Xadrez entre os anos de 1930 e 1934, quando ganhava praticamente tudo que disputava. Alguns estudiosos de tática dizem que ele só não foi melhor do que Bob Fischer.

Alexander tornou-se um dos maiores grandes mestres que o mundo já viu , tendo vencido o lendário Capablanca. Estudiosos dizem que quando Alexander entrava numa disputa, se ele estivesse 100% confiante, ninguém o venceria, e de fato, era praticamente impossível vencê-lo quando ele atingiu seu auge.

Alexander teve grande êxito quando participou de dois torneios em especial, San Remo e Bled, em 1930 e 1931 respectivamente. Em San Remo ele terminou o jogo com 3,5 pontos a frente de seu oponente, o que já foi considerado um feito inacreditável, pois na época seu adversário era campeão mundial de Xadrez. Pois bem, Alexander não parou por aí, um ano mais tarde ele derrotou Flohr, um exuberante enxadrista que dizimava enxadristas principiantes, Alexander não só venceu, como terminou o jogo com 5,5 pontos a frente do temível Flohr, um feito que nunca havia sido sequer pensado que poderia ser feito.

Paralelamente ao Xadrez, Alexander ficou conhecido por dar colaboração aos nazistas na Segunda Guerra Mundial, e por começar um consumo em excessivo de bebidas alcoólicas.

Alexander nasceu em Moscou, de uma família rica e aristocrata. Seu irmão mais velho, Aleksei, também era enxadrista e, como não era permitido a garotos freqüentar os clubes de xadrez da época, ambos desenvolveram seu talento com o xadrez postal. Alekhine não era um prodígio como Morphy e Capablanca, mas seu desempenho evoluiu rapidamente durante a adolescência e, aos quinze anos, já derrotava alguns mestres. Em 1914, tornou-se o terceiro, depois de Lasker e Capablanca, no grande torneio de São Petersburgo, mas então vieram a guerra e a revolução. Venceu o Campeonato Soviético em 1920 e depois partiu para o Ocidente, tornando-se cidadão francês.

Dizem que Alekhine esperava jogar com Capablanca desde 1914 e antes mesmo de Capa enfrentar Lasker. O carisma de Alekhine vinha de suas táticas lógicas porém ousadas que se baseavam freqüentemente no desenvolvimento lento do adversário. Suas anotações lúcidas e articuladas e sua personalidade impulsiva eram o contraponto perfeito à elegância despreocupada de Capablanca. Foi particularmente severo com estrategistas convencionais como Rubinstein e Tarrasch.

0 último grande sucesso de Alekhine em sua melhor fase foi em Zurique, 1934, após o qual seus resultados tornaram-se um tanto apagados. Seu problema de alcoolismo acentuou-se e afetou seu jogo e seu comportamento durante a inesperada perda do título mundial para Euwe, em 1935. Chocado pela derrota, entrou num treinamento rigoroso e abstêmio e recuperou o título dois anos depois.

Alekhine ainda era um adversário difícil para qualquer um. Botvinnik descreveu como, em Nottingham, 1936, quando em posições complexas, ele se levantava - depois de executar seu lance - e começava a rodar em volta da mesa como uma pandorga. Jogando contra Botvinnik, manteve sua "imitação de pandorga" por vinte minutos, enquanto este lutava interiormente para escapar à pressão psicológica. Era uma partida vital para ambos, a primeira entre o então campeão soviético e o russo "branco" que emigrara.

Em seus últimos anos, Alekhine foi um dos principais participantes dos torneios nazistas da guerra e uma série de artigos anti-semitas foi publicada sob seu nome. Seu jogo deteriorou ainda mais depois de 1943. Quando, em 1946, aceitou um desafio pelo título de Botvinnik, poucos achavam que ele tinha alguma chance; mas, enquanto se preparava para a decisão, Alekhine morreu repentinamente em Lisboa.

Jogou em 87 torneios em sua vida, dos quais venceu 62 - um recorde; depois de 1912 ele só ficou uma vez em Nottingham, 1936 - fora dos quatro primeiros lugares. Se você gosta do xadrez tático e também de estratégias e jogos posicionais, Alekhine é um excelente modelo de como jogar xadrez.

Aaron Nimzowitsch

A vocação de Aaron para ser um grande enxadrista veio de seu pai, que também era um exímio jogador, com a diferença de que ele nunca se envolveu seriamente com a causa do Xadrez, digamos assim. Aaron era judeu, e ao completar 13 anos de idade, como manda a tradição judaica, fez seu bar-Mitzvá. E sendo assim, seu pai deixou para ele dois legados importantes, um, foi o legado religioso, e o outro foi o amor pelo Xadrez, que com o tempo só cresceu, e fez de Aaron um dos maiores enxadristas do século 19.

Aaron cresceu em meio ao comando dos grandes Cazres, não existia liberdade para nada, o que estava começando a se tornar perigoso, não são para ele, mas para todos os cidadãos da Lituânia, de uma maneira geral. Após um grande esforço, em 1904 seu pai conseguiu mandá-lo para Berlim, onde estudaria, e viveria pelos próximos anos de sua vida. Entretanto, nos planos do pai de Aaron que a Alemanha se tornaria uma potência cujo os seres mais odiados eram justamente os judeus. Até 1930, quando começou o domínio nazista ele pode viver bem, tendo começado seus problemas após esse fatídico ano. Durante boa parte da sua vida ele viveu se escondendo dos nazistas.

Aaron chegou a estudar filosofia na Universidade de Berlim, entretanto, não ouve sucesso na sua vida acadêmica, e a filosofia ficou de lado para que finalmente ele pudesse dar atenção exclusiva ao Xadrez.

Nimzowitsch teve uma vida competitiva no Xadrez antes de começar a temer os nazistas, participou de diversos torneios, e enfrentou grandes nomes do Xadrez mundial da época, sendo o mais importante deles, Raul Capablanca.

O primeiro torneio que se tem conhecimento de ele ter participado, foi em 1911, Torneio de San Sebastian. Neste torneio perde para Capablanca e Tarrasch, os participantes que acompanhavam o desenrolar, descreviam-no como possuidor de tiques nervosos, não tolerando qualquer ruído ou alguém falando, imediatamente reclamava ao arbitro. Mostrava-se pouco amável com os que assim lhe venceram e não dirigia palavras aos mesmos, mas aos que venceu ou empatou foi de extrema amabilidade. Já eram os primeiros sinais da tremenda doença que mereceu a atenção do genial criador da Psicanálise Sigmund Freud, estudando as desigualdades causadas pelas perseguições que os judeus sofreram na Europa.

Com a chegada da primeira guerra mundial, Aaron se viu fugindo de cidades em cidades, procuranco um lugar seguro, onde não ouvesse perseguição por parte dos nazistas. De tanto fugir foi parar na Suécia, onde ficou refugiado por 2 anos, afinal, ao ponto máximo da primeira guerra a Suécia era um país neutro. Em 1922 vai morar na Dinamarca até o fim da vida em 1934. Recebeu cuidados permanentes dos médicos dinamarqueses. A Dinamarca ao lado da Holanda era dos povos onde os judeus eram menos discriminados.

De 1904 à 1934, Nimzovistch participou em 47 torneios, jogando 638 partidas, venceu 302 e empatou 222 e perdeu 109. Venceu 18 destes torneios.

Apesar de sua genialidade, não pode disputar matches pelo titulo com Capablanca ou Alekhine pois não conseguiu bolsa junto aos capitalistas que não confiavam em seu equilibrio. Mas seu trabalho inovador, para o desenvolvimento do xadrez moderno colocam-no para sempre no panteão dos grandes mestres.

Anatoly Karpov

Karpov é um dos maiores enxadristas que o mundo viu atuar no século XX. Ele venceu os maiores enxadristas, os maiores torneios e ficou no topo do ranking da FIDE por vários anos.

Anatoly Karpov nasceu em uma cidade pequena chamada Zlatoust. Aprendeu os primeiros movimentos de Xadrez ainda com quatro anos de idade, embora os grandes centros de aprendizagem de Xadrez ficassem na União Soviética, Karpov aprendeu, e aprendeu muito bem moviemntos, táticas, estratégias, e ao longo dos anos se tornou um jogador completo.

Quando Karpov completou 11 anos de idade, ele já jogava Xadrez tão bem, que já estava cotado para ser considerado mestre. O gênio do tabuleiro mostrou ao mundo sua astúcia no jogo quando foi convidado por engano para participar de um torneio de Xadrez, na época com 15 anos. Os russos acharam que o convite era para um torneio infanto-juvenil de xadrez, que seria disputado na Tchecoslováquia. A partir daí, Karpov venceu o Campeonato Mundial de Juniores, conquistou o título de grande-mestre e um lugar na série de 1972-75 para decidir o desafiante de Fischer. Teve sucesso em sua primeira tentativa, derrotando Spásski e Kortchnoi e conquistando o título quando Fischer se recusou a jogar.

Ao longo dos anos, Karpov ficou conhecido por ser o jogador que mais liderou torneios. E graças a uma maneira muito peculiar de jogar xadrez, diferentemente de muitos enxadristas do mundo inteiro, Karpov é um especialista é fim de jogo, se tratando de finalizar um jogo, Karpov é literalmente, um grande mestre.

Karpov tem uma derrota na sua história, que é quase incrível de se acreditar, mas aconteceu, a partida já estava durando mais de 6 horas, Karpov já estava visivilmente esgotado, enquanto seu rival, (maior rival, diga-se de passgem), Kortchnoi esbanjava confiança, Karpov não conseguia mais analizar racionalmente os movimentos e por fim acabou sendo derrotado. Essa partida aconteceu em 1978. No início dos anos 80, Karpov ganhou o rótulo de um dos Grandes Mestres mais difíceis de ser derrotado.

Embora Karpov mantenha uma expressão séria, beirando a arrogância durante suas partidas, tudo não passa de mera concentração. Na sua vida pessoal ele é conhecido por ser um sujeito calmo, sem vícios, e é bastante reservado, não se sabendo muito sobre a sua vida pessoal. Casou-se no verão de 1979 com uma secretária da Universidade de Leningrado (apesar de o xadrez ter uma reputação de atividade essencialmente solitária, todos os campeões mundiais, com exceção de Fischer, eram ou se tornaram homens casados).

Como falado anteriormente, o grande trunfo de Karpov contra seus adversários é a segunrança e precisão que ele tem aos momentos que antecedem o final da partida. Em uma entrevista dada em Londres, em 1972, enxadristas de clube perguntaram: "O que você aconselharia para aperfeiçoarmos nosso jogo? Estudamos bastante as aberturas e também jogamos bastante". "Mas não estudam os finais?", perguntou Karpov. "Façam o contrário - estudem os finais!"

Anatoly Karpov é um dos grandes gênios da manipulação do final de torre e bispo contra torre e cavalo, entretanto, ele não chega a ser considerado o precursor nesse tipo de habilidade, além dessa combinação, ele manuseia com extrema precisão os movimentos de cavalo contra bispo, no momento em que isso se torna mais apropriado durante o jogo.

Em Montreal, 1979, Karpov dividiu o primeiro lugar com Tal num dos torneios mais importantes promovidos até hoje, com prêmios no valor de 50 000 libras, sendo 12 500 para o vencedor. Neste evento, Karpov jogou uma partida onde demonstrou, primeiramente, a superioridade do bispo contra o cavalo e, em seguida, a vantagem do cavalo sobre o bispo.

Akita Rubinstein

Akita Rubinstein nasceu no ano de 1882 na cidade de Stawiski, na Polônia, entre doze irmãos ele era o mais novo. O grande objetivo de seus pais para o futuro de Akita, era que ele se tornasse rabino. Ainda criança, ele chegou a frequentar algumas aulas para a preparação para se tornar um, o que seria o primeiro rabino da família, extramamente religiosa, o que seus pais não esperavam, é que o xadrez entraria na vida de Akita, e lá, não haveria lugar para outra coisa.

Akita aprendeu a jogar xadrez quando tinha 16 anos de idade, jogava constantemente com amigos que já praticavam há algum tempo, e após vários anos de desenvolvimento técnico, explodiu na cena internacional e foi um dos jogadores mais fortes de 1905 a 1911. Tornando assim um dos maiores orgulhos de seus pais, que até então, ainda sentiam um certo ressentimento por o filho não ter seguido a vida religiosa.

No início de 1912, em fevereiro, para ser mais exato, um cicli de torneios de xadrez iria começar, e claro, Akita Rubinstein estava inscrito em todos eles, o polones não só participou de todos, como venceu cinco deles, de forma consecutiva. O povo da Polônia foi à loucura, e 1912 ficou conhecido como Ano de Rubinstein.

A disputa mais esperada que o povo aguardava para ver, era de Akita contra Lasker, os dois mairoes enxadristas da época, entretanto, passado o tempo, tal disputa nunca aconteceu. Na sequência vários problemas culminaram com o fim do sonho de Akita de seguir no xadrez, foram eles: - O ínicio de profundos problemas psicológicos que mais tarde transformaram-se em doença mental; - O aparecimento do gênio cubano Capablanca; 
- O advento da primeira guerra mundial;

Esses foram os problemas que deram um fim nas esperanças de Akita de chegar ao título mundial. Entretanto, mesmo com esses problemas todos, ele seguiu forte entre os melhores jogadores do mundo até 1921, porém, ele não foi forte o bastante para lidar com sua forte timidez, o que ocasionou um descontrolado problema de deseintegração gradual de capacidade xadrezísta.

Em 1932, abandonou os torneios e passou os seus últimos anos, até à sua morte em 1961, com a família na Bélgica. O estilo Rubinstein forma uma ponte entre o de Steinitz e o dos mestres actuais. Domínio nas aberturas, profundo conhecimento das consequências das diversas estruturas de peões e uma habilidade insuperável para os finais de peões faziam parte do seu repertório.

Alexander Khalifman

Alexander Khalifman foi um dos maiores GM da Rússia. Ao final da década de 70 e início de 80 ele aprendeu a jogar xadrez, foram praticamente 14 anos de prática de xadrez até conquistar o importante título de Grão Mestre, em agosto de 1999, quando conquistou de forma inquestionável o torneio mundial oficla da FIDE, em Las Vegas.

Entretanto, esse é o único título internacional que ele tem em seu currículo, pois por mais que ele se interessasse em xadrez, ele acabou se envolvendo com outras atividades, claro, todas relacionadas ao xadrez, mas foi parando gradualmente de competir, e sempre que competia, não conseguia mais jogar no nível de 1999.

Um dos motivos que foram tirando Alexander dos mundos das competições de xadrez, foi que ele se viu muito concentrado no desenvolvimento da Escola de Grandes Mestres de São Petersburgo, na Rússia.

Seu estilo de jogo não é bem definido, mas se destaca por seu forte caráter e nervos moderados, que o fez sobrepor-se a situações muito delicadas, já que esteve várias vezes a ponto de ser eliminado em Las Vegas. Khalifman foi para Linares 2.000 como campeão do mundo e exigiu aos organizadores que o tratassem de acordo com o título que alcançara. Porém, devido a seus resultados de um modo geral, com certeza seria derrotado pelos outros oponentes, já que apresentava o rating mais baixo que todos os outros 6 participantes. Deste modo seria desvalorizado o título oficial da FIDE seriamente.

Alexander ainda joga xadrez, mas apenas para demonstração, na Escola de Grandes Mestres, nunca mais participou de eventos oficiais.

Robert James Fischer

Sem dúvida, este é o maior nome do xadrez dos Estados Unidos. Apesar do xadrez ser mundialmente conhecido por ter seus grandes jogadores na União Soviética e Rússia, Bobby Fischer, como é conhecido, quebrou esse paradigma e entrou pro Hall da Fama do xadrez.

 

Ao longo de toda sua carreira, Bobby foi uma das pessoas mais polêmicas dos Estados Unidos, seu ego era algo quase inalcançável. Bobby Fischer juntava verdadeira multidões para assistirem suas partidas, e todos ficavam alucinados com o que viam, Bobby era brilhante, ele derroutou praticamente todos os Grandes Mestre do mundo em sua vitoriosa carreira.

É considerado uma lenda, embora faça muitos anos que ele parou de jogar, seu legado é gigante, e muitos novos enxadristas se inspiram no seu estilo de jogo. Ele é o detentor do rating mais alto da FIDE-Elo, com uma pontuação de 2870, baseado em todos os seus resultados ao longo da carreira de enxadrista profissional.

Bobby teve um aprendizado de xadrez muito precoce, aos seis anos de idade ele aprendeu os movimentos de cada peça, a pontuação de cada uma, mas até então, xadrez era apenas um passatempo. Sua primeira grande oportunidade como jovem enxadrista veio quando sua mãe decidiu instalar-se no Brooklyn.

Na época da mudança de Bobby para o Brooklyn, o xadrez nos EUA estava virando mania nacional, motivado por clubes, como o Manhattan e o Marshall, que eram exclusivamente dedicados ao jogo, foi convivendo em ambientes estimulantes assim, que Robert James Fischer se modelou para transformar-se no melhor dos melhores nos EUA, por muito tempo ele estudou o modelo de jogo dos soviéticos, o xadrez mais vencedor do mundo. Foram vários anos treinando nesses lugares, todos os dias disputando partidas com frequentadores diferentes desses clubes.

O resultado desse treinamento intensivo e do total abandono dos estudos escolares para dedicar-se ao xadrez foi uma conquista única em torneios: Fischer tornou-se campeão masculino dos Estados Unidos aos catorze anos de idade.

Provavelmente, naquela época Fischer não sabia quão íngremes eram os degraus restantes para o título mundial, detido então pelo envelhecido Botvinnik, quando se qualificou para o Torneio de Candidatos na primeira tentativa e se tornou, aos quinze anos, o grande-mestre mais jovem de todos os tempos. A sólida falange dos soviéticos superou facilmente seu rival menos experiente em 1959 e 1962 e Fischer requisitou então, com sucesso, que o sistema fosse modificado, passando de um torneio para uma sésie de eliminatórias entre os oito desafiantes finais. Foi com esse novo sistema que, em 1971, ele passou por todos os seus rivais e derrotou Spásski no ano seguinte.

Um dos pontos que mais chamavam atenção em Bobby, era que ele usava de sua fama e sua praticamente invencibilidade, para pedir caches enormes para participar de eventos, seus patrocinadores na época gastaram um bom dinheiro para bancar sua presença nos mais diversos torneios. Tanto o match projetado contra Karpov quanto a partida de retorno contra Gligoric em 1979 - que também não deu em nada - sairiam por um milhão de dólares ou mais.

Uma das coisas mais estranhas da brilhante carreira de Bobby Fischer, é que ele abandonou o xadrez no auge, era o melhor enxadrista do mundo, praticamente invencível, e de uma hora pra outra ele abandonou, tudo leva a acreditar que foi porque seus patrocinadores não estavam mais dispostos a bancar verdeiras fortunas para ele, sendo assim, Bobby largou o xadrez profissional.

Entre 1966 e 1970, encontrava-se praticamente aposentado, mas quando apareceu no "Match do Século", em que o time soviético venceu por pouco um selecionado do resto do mundo, jogou imediatamente uma partida digna de seu estilo contra Petrossian.

Bent Larsen

Embora nunca tenha conquistado um título mundial, Bent Larsen foi um dos principais enxadristas da Dinamarca e um dos mais fortes jogadores do mundo.

Nos jogos de Larsen, normalmente ele costumava surpreender seus adversários com aberturas um pouco diferentes, fora do normal de uma abertura, bem dizer, a cada nova partida ele inventava uma abertura, não só pelo fator surpresa, mas também porque acredita que elas são perfeitamente sólidas e subestimadas pelos outros grandes-mestres.

Assim, ressuscitou a abertura Bird, 1. e4 e5 2. Bc4, e também a que hoje costuma ser chamada de abertura Larsen, 1. b3.

Bent Larsen foje em muitos aspectos das caracterísitcas de jogo de outros Grandes Mestres, suas principais jogadas de ataque acontecem pelo meio, entretanto, existem mais jogadas pelos flancos do que qualquer outro Grande-Meste, e ele fazia isso por um motivo que ele fazia questão em explicar: "o ataque pelo lado tem menos chances de levar a uma simplificação e ao empate, e se falhar ainda há tempo para reagrupar as peças."

Porém, os ataques de Larsen pelos flancos não consistem numa desastrada corrida de peões e sim em combinações com peças pesadas. Uma de suas favoritas reúne a dama, o cavalo e o peão h para atacar um rei que tenha feito o roque; a outra conjuga a dama, uma torre e um bispo a longa distância.

Fedor Parfenovich Bohatirchuk

Fedor Parfenovich Bohatirchuk foi um dos enxadristas que mais teve funções paralelas ao amor pelo xadrez. Fedor era radiologista, trabalhou durante anos em vários hospitais de Kiev, cidade na qual ele divulgou para o mundo nos diversos torneios de xadrez que disputou. De origem russa, ele foi um dos maiores Grandes-Mestre que a Rússia viu na sua épca.

Fedor também foi um diretor de extrema importância no Instituto de Pesquisas de Kiev, onde até hoje ele é homenageado todo ano.

Um dos mais talentosos enxadristas russos, participou de 6 campeonato da Rússia Soviética, ficando empatado em 1º lugar no ano de 1927 com Peter Romanovsky, em 4 outras ocasiões partilhando o 3º lugar.

Como já foi dito anteriormente, Fedor tinha mais ocupações além do xadrez, eleas ficaram evidentes no ano de 1938. Neste ano Fedor conquistou um importante segundo lugar em um torneio que classificava para o torneio mundial de xadrez, porém, mesmo com a classificação, ele não quis jogar a final, pois entendia que ele estava deixando de lado sua profissão de diretor do Instituto de Pesquisas, essa decisão contrariou os burocratas do regime, e Bohatirchuk, sempre crítico do Stalinismo, passou a ser visto como desistente.

O futuri de Fedor era realmente inesperado, em 1941 teve que deixar Kiev, pois com o avanço da 2ª Guerra Mundial, foi se refugiar em Berlim, onde trabalhou no Instituto Alemão de Pesquisa Média, durante o tempo que ficou por lá, nunca teve um paradeiro fixo, vivia em constante movimentação. Em 1945, em uma Bayreuth tomada por tropas dos Estados Unidos, conseguiu então, juntar-se a sua família.

Após um tempo vivendo com sua família, foi morar em Munique e finalmente voltou a jogar xadrez, só que dessa vez usando o nome de Bogenki, para despistar os siviéticos. E funcionou.

Emigrou para o Canadá em 1949, naturalizou-se e disputou alguns torneios, dentre os quais a Olimpíada de 1954. Arrumou tempo também para dedicar-se ao xadrez epistolar, tendo ganho o título de Mestre Internacional Postal em 1967.

Darcy Gustavo Machado Vieira Lima

Darcy é um dos maiores enxadristas brasieleiros, dono de uma carreira de sucesso no xadrez, é detentor do título de Grande Mestre Internacional desde 1999.

O enxadrista brasileiro conseguiu ganhar o Campeonato Brasileiro Absoluto de Xadrez nos anos de 1992 e 2002. No seu cartel encontra-se além desses dois títulos, um campeonato sul-americano, na qual ganhou com relativa folga do seu adversário. O ano de 2000 entrou pra sua história, quando participou pela primeira vez de um torneio internacional, realizado na Índia, ele não venceu, mas entre os sul-americanos ele teve a melhor colocação, suas atuações foram crescendo, até que em 2002 ele conseguiu nova classificação para outra edição do Mundial.

No Brasil, desde jovem ele sempre foi a favor de maior incentivo para o xadrez nas escolas e demais lugares onde o xadrez é desconhecido, pois ele entende que aprender xadrez ajuda muito no desenvolvimento mental das pessoas, sendo assim, quanto mais cedo aprender, melhor será o desenvolvimento mental. Em 2003 teve o apoio do Ministério do Esporte, em um projeto oficial de massificação da modalidade em todo o Brasil.

Em todo território onde pisa, Darcy Lima é reconhecido pela simpatia e acessibilidade com que trata todos que vem até ele, seja para falar de assuntos políticos relacionados à modalidade, quanto qualquer outro assunto. Vários são os projetos apresentados a ele para que seja realizado torneios de Xadrez em todo território nacional, afinal, ele é o presidente da Confederação Brasileira de Xadrez.

O ano de 2003 foi um dos mais importantes da vida profissional de Darcy, venceu o torneio Zonal 2.4 da FIDE e classificou-se para o Campeonato Mundial. Logo após a classificação, ele disputou mais uma vez o campeonato brasileiro de xadrez, quando tornou-se bicampeão brasileiro absoluto, e foi apontado pelo conceituado site russo Chess Siberia como o melhor jogador do mundo em setembro daquele ano.

Ele conseguiu feitos incríveis, como ser um dos únicos sul-americanso a chegar em quatro finais de campeonato mundial, nos anos de 2000, 2004, 2005 e 2007.

Garry Kasparov

Muitos apreciadores do Xadrez apontam Kasparov como o maior enxadrista que já existiu até hoje, outros enxadristas apontam outros como sendo melhor que ele, mas a verdade é, Kasparov foi um dos maiores gênios do xadrez profissional no mundo todo. É detentor de recordes únicos e que dificilmente será quebrado.

Garry Kasparov nasceu na cidade de Baku, no Azerbaijão no dia 13 de abril de 1963, país este que, ainda nessa época pertencia à União Soviética.

 

Ainda criança Kasparov já demonstrava grande interesse por jogar xadrez, afinal, ele nasceu na URSS, o berço dos maiores enxadristas do mundo, e como não poderia fugir da escrita, eis que ele se torna o maior dos enxadristas soviéticos.

Garry ficou conhecido por ser possuidor de um estilo agressivo, fulminava seus asversários sem piedade, e fazia isso com 10, 11 anos de idade, sua técnica era perfeita. Por ver seu real interesse no jogo, seus pais o colocaram pra estudar na escola de Botvinnik, uma das escolas de xadrez mais famosas da Rússia.

Ainda com 11 anos de idade, ele começou a mostrar ao mundo seus dotes. Participou de um campeonato no estilo simultâneo com relógio, entre os participantes estavam Karpov e Kortchnoi, os dois ficaram muito surpresos, pois Kasparov embora tivesse apenas 11 anos de idade e pouca experiência no xadrez, deu muito trabalho para os dois experientes enxadristas.

Após esta apresentação, as próximas apresentações de Kasparov geraram espectativas em todos os amantes do xadrez, mas o resultado que ele obeteve não valeu toda a espectativa criada. ele fez duas participações no campeonado mundial de juinores, uma vez com 13 anos de idade e outra com 14, porém, Kasparov foi mal, e logo foi eliminado, nas duas competições.

Esporádicamente se ouvia falar alguma coisa sobre Kasparov, em alguns lugares do mundo ele começava a se sobressair nas principais disputas de xadrez, mas o melhor estava por vir, no ano de 1978 Kasparov participou de um torneio que era considerado o segundo mais forte da União Soviética, tal torneio era apenas para participantes convidados pelos organizadores, o torneio era chamado de Sokolsky Memorial. Após essa significativa conquista, ele foi participar um outro iportante torneio na Suíça com outros 63 participantes, todos variando entre mestres e grandes mestres.Sua estréia causou um rebuliço internacional: obteve 50% dos pontos possíveis e derrotou o candidato ao título mundial, Polugaievsky, com um criativo sacrifício de bispo.

A Federação Soviética de Xadrez ficou extasiada, há muito que não viam um jovem tão talentoso como Kasparov, por esse motivo o mandaram para um dos torneios mais fortes do mundo, na Iuguslávia em 1979. Kasparov chegou para participar com uma autoridade que poucos enxadristas possuem, entretanto, tudo não passava de autoconfiança, afinal, ele ea o único não classificado como grande mestre.

Pessoas que viram o grande astro do xadrez, Bobby Fischer jogar, não acreditavam no que viam, em pouco tempo Kasparov havia superado Fischer no torneio iuguslavo. Foi durante o acontecimento deste evento que Kasparov adquiriu a condição de mestre internacional, e o mais incrível, com cinco rodadas a frente de seus adversários. As marcas principais nesse evento histórico foram: Kasparov (URSS) 11,5 em 15 pontos possíveis; Smejkal (Checoslováquia) e Anderson (Suécia) 9,5, Petrossian (URSS) 9,0. No verão de 1980, Kasparov venceu em o torneio iuguslavo na cidade de Baku e tornou-se o grande mestre mais jovem do mundo.

Uma das pessoas que mais acreditavam e davam apoio a Kasparov era seu tecnico, que desde o inicio da carreira de seu pupilo, via nele um grande talento. Botvinnik, então tecnico de Kasparov chegou a dizer uma entrevista coletiva certa vez, que Kasparov já seria campeão do Mundo já em 1990, com essa declaração Botvinnik foi fortemente criticado, por "menosprezar" os outros ilustres enxadristas do mundo.

Quando as perguntas iam diretamente para Kasparov ele era categórico em dizer o seguinte; Ele ainda não se via com capacidade o suficicienta para conseguir ganhar um título mundial, pois considerava sua defesa durante o jogo muito fraca, e algumas posições simples precisariam ser revistas.

Kasparov era literalmente uma pessoa surpreendente, no Campeonato Soviético de Banja Luka, ele apavorou a todos ao começar a partida com e4, d4 e c4. Essa jogada nas mãos de muitos enxadristas teria sido um suícidio. Kasparov começou a ficar com tanto prestígio que, após cada partida havia um jornal que publicava suas jogadas, e todas elas comentadas pelo próprio Kasparov. Esses jornais ainda existem, e estão expostos em vários museus pelo mundo.

Parece claro que Kasparov não teme adotar linhas cruciais em aberturas excessivamente analisadas. Quando ele o faz, costuma revelar evidências de seu próprio trabalho caseiro. Se a partida se torna uma confusão tática, ele consegue abrir caminho entre as complicações e descobrir uma linha que dê maiores dificuldades para seu adversário. Kasparov também superou o recorde histórico do Fischer ao estabelecer a maior marca de rating FIDE. Devido a uma discussão com o presidente da Federação Internacional de Xadrez (FIDE), Kasparov perdeu o título para seu rival Anatoly Karpov, coisas de campeão.

Nigel David Short

Até o aparecimento de Nigel David Short no mundo do xadrez profissional em 1984, a Inglaterra jamais havia tido um enxadrista tão habilidoso.

Nigel nasceu em 1965 na cidade de Leigh, condado de  Lancashire. O gosto pelo xadrez sempre foi desde pequeno, pois sempre teve como ídolos grande enxadristas soviéticos. Nigel passou praticamente a infância toda treinando, praticando e se esforçando ao máximo para ser o melhor, ou pelo menos tentar ser o melhor.

Uma das grandes conquistas de Kasparov tem a mão de Nigel por trás. Era ele o treinador de Kasparov no Campeonato Mundial Juvenil que Kasparov faturou. Quando chegou sua vez de competir forte entre vários bons enxadristas, ele não fez feio, e em 1984 conquistou um o título de Grande Mestre.

Entre seus melhores resultados se encontram seus primeiros lugares no Aberto de Amsterdan 1982 (empatado com Hort; Baku, 1983, Esbjerg, 1984; e Wijk ann Zee, 1986, onde superou a Ljubojevic e Van der Wiel; Hastings 1987-88 e Hastings 1988-89.

Dificilmente seus feitos no xadrez serão esquecidos na Inglaterra, pois em 1985, um ano após ter conquistado o título de GM, ele se torna o primero jogador representando a Inglaterra a se classificar para o Torneio de Candidatos, que aconteceu na França.

Seu melhor ano foi 1991. No ciclo de Candidatos eliminou seu compatriota Jonathan Speelman e ganhou o Torneio de Amsterdan, empatado com Salov e a frente de Karpov , Kasparov, Korchnoi e Timman. Um ano depois eliminou a Karpov na Semi-final dos Candidatos, primeiro, e a Timman depois, na final. Isto lhe deu o direito de enfrentar Kasparov, no Campeonato do Mundo da PCA que se realizou em Londres.
Depois de cair ante ao russo, deu a impressão de encontrar-se em má forma, o que foi desmentido por suas apresentações seguintes em diferentes torneios, onde conseguiu vitórias sólidas e mostrou ser realmente o melhor da Inglaterra.

Boris Spásski

Boris Spásski protagonizou junto com Bobby Fischer em 1972 uma das maiores partidas de xadrez de todos os tempos, a partida terminou com derrota de Boris, mas os dois jogadores foram implacáveis, muitos especialistas e apreciadores de xadrez dizem que aquela partida deveria ter terminado em um empate, mas no fim, um dos dois teve que vencer.

Spásski obeteve êxito no xadrez ainda muito jovem, teve todo seu talento reconhecido pela Federação Soviética de Xadrez quando deram a ele a oportunidade de participar de uma seletiva para um torneio internacional fora da URSS, antes mesmo de ter conseguido disputar uma final do Campeonato Nacional.

O torneio internacional que Boris participou foi em Bucareste, no ano de 1953, e para surpresa de todos, ele teve uma estréia histórica derrotando Smyslov, e já nessa época uma coisa já podia se ver no habilidoso jovem, ela costumava ficar muito nervoso nas horas decisivas.

Durante boa parte da década de 50, o mundo do xadrez esperava que não demorasse muito para Boris Spásski tornar-se campeão, mas eis que seu nervosismo assumiu o controle em alguns dos momentos mais crucais. Devido a sua falta de controle, ele deixou de vencer partidas que estavam praticamente ganhas nos campeonatos siviéticos entre os anos de 1958 e 1961.

A crise pessoal que Spásski atravessou por volta de 1960 - ele rompeu com seu antigo treinador, foi proibido de viajar por um ano por seu mau comportamento nas Olimpíadas Estudantis de Xadrez e divorciou-se de sua primeira mulher - resolveu-se por um tempo quando ele conseguiu um novo técnico, o calmo e frio Bondarevski. Spásski conseguiu vencer as eliminatórias para o título mundial e jogar o match contra Petrossian em 1966, mas perdeu; ainda não estava suficientemente maduro para ser campeão mundial. Em 1969, derrotou Petrossian nas partidas finais da série, e a vitória chave vale como um exemplo do estilo agressivo de Spásski - controle do centro seguido da entrada das peças pelas linhas abertas.

Quando finalmente veio o grande título mundial, poucas coisas foram como o esperado. Spásski não teve preparo para ser o melhor do mundo,e por fim, ter conquistado o título mundial acabou o atrapalhando. Após ter o título, quase todas as partidas que ele fez foram medíocres, tendo perdido a maioria delas, com excessão de uma, uma partida disputada contra Bobby Fischer em 1970, nas Olimpíadas de Xadrez.

Após essa partida, era incomum uma vitória de Spásski. Deixou de comparecer em diversos torneios, e em pouco tempo já não dentinha mais o título de Campeão do Mundo. Por conta do seu mau comportamento, perdeu sua posição invejável na sociedade soviética; eliminado das duas séries seguintes pelo título por Karpov e Kortchnoi, radicou-se com sua esposa francesa - a terceira - nas proximidades de Paris, onde depois veio a naturalizar-se.

Parece paradoxal falarmos de um campeão mundial como um talento desperdiçado, mas os dons naturais de Spásski para o xadrez eram tais que ele deveria ter conquistado o título muito antes e deveria tê-lo mantido por um período maior. Há um toque de preguiça e outro de indecisão em sua constituição mental; com a dedicação ao xadrez de, por exemplo, Alekhine ou Tal, Spásski poderia ter sido um dos maiores campeões de todos os tempos.

Alexey Shirov

Alexey Shirov, assim como todos os grandes enxadristas, começou a demonstrar suas habilidades ainda jovem, não tão jovem quanto Kasparov e Karpov, por exemplo, mas sua carreira se consolidou enquanto ele era ainda um iniciante no mundo do xadrez, um imiciante muito habilidoso, diga-se de passagem.

Shirov entrou para o cenário mundial do xadrez em 1988, quando aos 16 anos de idade ele venceu o torneio Sub-16, fazendo partidas brilhantes e jogadas precisas. Dois anos depois, em 1990, ele chegou até a final do torneio Sub-20, porém, dessa vez ele não conseguiu sair como campeão, ficou com um digno e merecido segundo lugar.

Como manda a tradição, um enxadrista só se torna realmente bom depois que se torna um Grande Mestre, e Shirov não fugiu disso, devido a suas partidas magnificas, em 1992 ele recebeu o título de Grande Mestre Internacional.

Após receber esse título, uma sequencia de grandes vitórias entrou na vida de Shirov, foram várias partidas que o seu brilhantismo entrou em ação e fez várias vítimas nos tabuleiros. Em um curto espaço de tempo ele empilhou várias vitórias em torneios, são elas:

- Torneio de Biel em 1991;
- Torneio de Madrid em 1997;
- Torneio Ter Apel  em 1997;
- Torneio de Monte Carlo em 1998;
- Torneio Mérida em 2000;
- Torneio Memorial Paul Keres em Tallinn em 2004 e 2005.

No ano de 1998, um pouco antes do torneio de Monte Carlo, Alexey Shirov chegou ao quarto lugar do ranking da FIDE, quarto lugar esse, que possibilitou ele a disputar inúmeras partidas contra os mais importantes enxadristas do mundo. A partida mais esperada que deveria ter acontecido era contra o fenômeno Garry Kasparov, o líder absoluto do ranking da FIDE, porém, por falta de patrocineo Shirov não pode fazer a disputa.

Em 2000, Shirov alcançou a final do Campeonanto do Mundo da FIDE em que perdeu para Viswanathan Anand.

Entre Maio e Junho de 2007 Alexei Shirov jogou o Torneio de Candidatos relativo ao Campeonato do mundo de 2007, vencendo na primeira ronda Michael Adams (+1-1=4, vencendo num playoff de rápidas) mas sendo eliminado na segunda, ao perder com Levon Aronian (+0-1=5).

Entrando nos méritos da sua vida pessoal, Shirov casou-se em 1998 com uma argentina chamada Verónica Alvares, logo após o casamento eles mudaram-se para a Espanha, na cidade de Tarragona, lá, Shirov conseguiu a sua cidadania espanhola. Após alguns anos de casado, Shirov e sua esposa se divorciaram, e ele voltou a morar na Letônia, país onde nasceu, ainda assim, ele continuou defendendo a Espanha nos torneios de países. Após dois anos morando no seu país natal, Shirvos casa-se com Viktorija Čmilytė, uma excelente Grande Mestre da Letônia.

Ruslan Ponomariov

Recebendo o título de Grande Mestre Internacional com apenas 14 anos de idade, o ucraniano Ruslan Ponomariov tornou-se o mais jovem enxadrista a receber este título, feito que até hoje ninguém conseguiu superar.

Ruslan foi um dos garotos prodígios da sua época, conseguiu feitos que quase ninguém poderia imaginar que algum enxadrista poderia fazer com tão pouca idade.

Filhos de um pai engenheiro e uma mãe professora, Ruslan foi criado em um ambiente altamente propício ao xadrez, à noite, seus pais jogavam longas partidas, algo que foi chamando a atenção de Ruslan. Em contrapartida, sua irmã em nada se interessava pelo jogo.

Vendo o interesse de seu filho, o pai de Ruslan começou a ensiná-lo a jogar até que ele soubesse todos os movimentos básicos e outras coisas simples para um iniciante em xadrez. Foram vários meses treinando até ele ter a sua primeira disputa oficial. Ruslan participou de um torneio que reuniu 128 jogadores, era o Campeonato Mundial Individual Absoluto da Fide, realizado em 2001, e a primeira fase desse campeonato seria realizada em Moscou, tendo a duração de 3 semanas.

Ruslan venceu esse torneio, e juntamente com outros resultados obtidos em torneios diferentes, ele veio a tornar-se o número 19 do mundo no ranking da FIDE. Mas ser o décimo nono do mundo ainda não era o seu grande feito, seu grande feito aconteceu com 18 anos de idade, quando ele simplesmente conquistou o título mundial, e tornou-se então, o enxadrista mais novo da história a ser campeão do mundo de xadrez.

O Campeonato Mundial foi disputado na Rússia, na cidade de Moscou, entre os dias 16 e 23 de janeiro de 2002. Reuniram-se os melhores jogaderes do mundo, e por ter uma boa colocação no ranking, Ruslov também participou.

Até chegar a grande final, Ruslov foi empilhando vitórias, deixando jogadores experiente de queixo caído com as habilidades do jovem ucraniano. As vitórias foram tantas, que obviamente ele conseguiu chegar na final do campeonato, e seu adversário era Vassily Ivanchuk.

Após ter ganho o título, Ruslan deu uma entrevista a uma revista russa, na qual disse que, no momento da decisão, ele deveria mostrar ao mundo que poderia ser melhor que Kramnik e Kasparov. Pode ter sido um pouco de demazia da sua parte, se comparar a Kasparov, mas veradade é, que ele não só conquistou o título mundial, como deu uma aula de xadrez para o mundo todo. Ele venceu seu compatriota por 4,5 a 2,5 pontos.

Entretanto, o jovem ucraniano mostrando altou grau de discernimento estava convicto que somente chegou à decisão devido ao sistema atual de disputa do mundial, em matches eliminatórios. Ele considerou que “em outro sistema de disputa seria muito difícil para mim, com apenas 18 anos, estar jogando uma final de mundial”.

De acordo com os especialistas que assistiram a partida da final naquele dia, disseram que Vassily Ivanchuk havia sido muito mais criativo,e tinha feito melhores jogadas ao longo do jogo, porém, teve um problema muito sério, que alguém que deseja ser campeão não pode ter, ele ficava nervoso a cada jogada importante. Se aproveitando disso, Ruslan começou a ganhar terreno e por fim deu o tão temido xeque-mate.

Magnus Carlsen

A nova geração de enxadristas que inicia o século XXI não poderia ser melhor representada, Magnus Carlsen é atualmante o que pode se chamar de gênio. Aos 21 anos de idade, conseguiu fazer o que muitas pessoas apreceadoras do xadrez apenas sonham nesta idade, ser campeão do mundo FIDE, e liderar o ranking, à frente de jogadores realmente brilhantes.

Ainda com seis anos de idade, Magnus era um dos muitos garotos na Noruega que não gostavam de xadrez, ou melhor, não gostavam porque nunca tinha jogado, seu esporte era mesmo o futebol.

Mas e como ele foi parar no Xadrez? De acordo com o pai de Magnus, desde muito criança ele já era extremanente inteligente, com dois anos de idade ele conseguia montar quebra-cabeças com 50 pessas em questão de minutos, conseguia construir cenários deslumbrantes com lego, coisas meio difíceis de acontecer com crianças dessa idade. Magnus sempre foi uma criança muito concentrada, torcedor do Real Madri, um dos maiores clubes de futebol do mundo, ele nunca se interessou por outra coisa senão futebol, até que com 6 anos de idade seu pai lhe apresentou o xadrez, ele não gostou nada, e chegou a dizer que ele jamais jogaria xadrez. Sendo assim, voltou aos treinos de futebol, como fazia diariamente num clube perto de sua casa, até que aos 9 anos de idade, ele começou a mostrar um interesse pelo jogo do tabuleiro.

O garoto começou a mostrar um domínio tão grande daquelas peças no tabuleiro, que fascinou seu pai. Estava surgindo um prodígio. De acordo com grandes especialistas, um dos motivos pelo qual Magnus atingiu tamanha soberania no jogo, foi seus treinos jogando xadrez no computador. Uma vez Garry Kasparov disse que, se você treina com pessoas melhores que você, você tende a aprender, com Magnus não foi diferente, ele treinava com um computador, que é muito melhor do que qualquer ser humano, afinal, um computador pode "pensar" em mais de 100 milhões de possibilidades de movimentos por segundo.

Bom, falado isso, vamos à vida profissional de Magnus. Alguns entendidos de xadrez, chegaram a dizer que Magnus é capaz de memorizar mais de 500 mil jogadas difertentes, o que o torna um jogador excepcional, de acordo com as estatísticas, ele consegue visualizar o tabuleiro com 20 jogadas a frente, o que lhe dá uma vantagem confortável contra seu adversário.

Com 13 anos de idade ele já participava de diversos torneios mundo a fora, até que um dia ele foi convidado para participar de um torneio onde reuniria grandes nomes do xadrez, entre eles, as lendas Karpov e Kasparov.

Após ter derrotado facilmente alguns dos adversários presentes no torneio, chegou a hora de jogar contra Anatoly Karpov, aquele que durante 10 anos se manteve como melhor jogador do mundo. Em uma partirda muito bem disputada, Magnus mostrou a Karpov toda a sua diversidade de jogadas, o mestre do xadrez não acreditava no que estava acontecendo, ele estava perdendo para uma criança de 13 anos de idade. Após mais alguns movimentos, eis a surpresa, xeque-mate em Karpov. Fim de jogo, Magnus venceu.

O próximo adversário era ninguém mais, ninguém menos do que Kasparov. Os dois sentaram-se à mesa e foram ao jogo, após inúmeras jogadas, e duas horas de jogo, um resultado surpreendente, o jogo termina empatado. Kasparov se encantou tando com o que viu que, um dia após ter tido o empate, ele se ofereceu para treinar o garoto, ajudar a aprimorar suas técnicas. Juntando a visão que Magnus tinha do xadrez, com a ajuda de Kasparov, ele se tornou praticamente invencível.

No dia 26 de abril de 2004, ele alcançou o título de Grande Mestre, um dos títulos mais esperados por um enxadrista. Ainda mais quando se é um enxadrista de 13 anos de idade.

Ao longo de sua vida como profissional, seus melhores resultados (até dezembro de 2011) foram esses:

- Torneio de Linares em 2007, ficou em segundo lugar.
- Festival de Biel, também em 2007, ficou em primeiro lugar.

O torneio que foi disputado em Londres, no fim de 2009 tem o gosto mais especial para Magnus, pois ele conseguiu derrotar o grande astro do xadrez, o russo VladimirKramnik com um ponto de diferença, e foi essa vitória que o colocou no lugar mais alto do ranking da FIDE. Com isso, Magnus se tornou o enxadrista mais novo da história a se tornar o número 1, com 19 anos de idade.

Jose Raúl Capablanca y Graupera

Que ganhar elogios de outros enxadristas ao longo da vida como jogador de xadrez, sabe-se que é bem complicado, quase impossível de acontecer. A maioria dos enxadristas são de falar pouco, quase não se manifestam sobre outros jogadores. Capablanca foi, e é exceção.

Jose Raúl Capablanca y Graupera é reconhecido por quase todos os grandes enxadristas do mundo todo, como um dos maiores jogadores de xadrez do mundo, tanto na sua habilidade, tática, estratégia, e para alguns outros, ele era um gênio do tabuleiro.

Além de ser um enxadrista que de forma simpática, se comunicava muito bem com outros enxadristas, ele era reconhecido por ser uma pessoa muito acessível para se conversar. Mas se falarmos da sua vida como profissional do xadrez, saberemos o porque ele já foi chamado de gênio.

Ao contabilizarmos os primeiros 35 torneios que Capablanca particou, ele sempre variou entre primeiro e segundo lugar, nuca abaixo disso, e ao longo da vida, participou de 567 matches, e sofreu apenas 35 derrotas. Capablanca coneguiu estabelecer um recorde de ficar 8 anos sem uma única derrota, o cubano simplesmente não perdia, por mais habilidoso que fosse o adversário. Os únicos enxadristas que superaram essa marca de tanto tempo sem saber o que era uma derrota foram Fischer, Karpov e Kasparov.

A União Soviética é o grande celeiro de celebridades do xadrez. Os maiores enxadristas do mundo vieram de lá. Capablanca mudou essa escrita, e durante quase meio século foi dele, um ocidental, quem mandou no mundo do xadrez. O cubano conseguiu o feito de ser reconhecido por todos os cantos do mundo, coisas que até então era esclusiva dos sivéticos, no que se referia a xadrez. (além de Capablanca, o único ocidental que conseguiu tamanho reconhecimento foi Bobby Fischer, dos EUA).

A história de como ele começou no xadrez é diferente da histórias de tantos outros enxadristas. Ele aprendeu a movimentação das peças, por conta própria, aos quatro anos e aos doze derrotou o campeão de Havana num match. Aos dezoito, antes de participar de um grande evento internacional, derrotou o campeão norte-americano Marshall por 8 a 1. Devido ao notável resultado, foi convidado para o grande Torneio Internacional de San Sebastián, em 1911. O Dr. Bernstein, um dos participantes de renome, protestou contra a inclusão do desconhecido e, como nos contos de fada, Capa derrotou-o brilhantemente na rodada de abertura.

Tentando estabelecer-se como o desafiante de Lasker, Capa partiu então para uma excursão relâmpago na Europa, confrontando-se com os principais mestres em minidesafios de duas partidas. Venceu quase todos eles.

Lasker, sentindo o risco que seu título corria perante esse jovem e perigoso rival, conseguiu evitar o match, apesar do clamor público crescente, até que a Primeira Guerra Mundial encerrasse temporariamente as atividades do xadrez. Mas, com a volta dos torneios internacionais, o Clube de Xadrez de Havana fez uma oferta de 20000 dólares, que Lasker, empobrecido pela guerra, aceitou. Ele jogou todo o match apaticamente e Capa tornou-se campeão mundial por uma margem de 4 a 0 com dez empates numa série originariamente programada para 24 partidas.

Giovanni Vescovi

Giovanni Vescovi é um dos mais bem conceituados enxadristas do Brasil, é um dos melhores representantes sul americanos no mundo.

Enquanto criança, quando tinha apenas 3 anos de idade, começou a aprender a jogar xadrez com seu pai. Como seu pai trabalhava muito, ele só tinha tempo de jogar com ele aos finais de semana, e assim foi ao longo de 5 anos. Ao completar 8 anos de idade, ele foi para um clube de xadrez, no qual aprimourou tudo auquilo que já havia aprendido com seu pai. Quatro meses após entrar para este clube, ele teve a oportunidade de participar do seu primeiro campeonato. Ele participou de vários outros torneios de xadrez e desde então nunca mais parou.

Seus primeiros passos rumos aos títulos de xadrez vieram em 1987, quando conseguiu um digno vice-campeonato mundial mirim, tornando-se assim, o primeiro brasileiro a chegar tão longe em um campeonato mundial.

Com jogo arrojado e criativo, produziu algumas das mais belas partidas do xadrez brasileiro e teve várias combinações publicadas no Sahovski Informator, Chess Base Magazine, New in Chess e Europe Échecs.

Em 2009 ele conquistou de maneira brilhante o Campeonato Brasileiro de Xadrez Absoluto, Vescovi terminou a competição com 8,5 pontos, resultado de sete vitórias, três empates e somente uma derrota. A segunda colocação ficou com o GM Gilberto Milos, que terminou invicto, com 8 pontos.

No ínicio de 2010, após ter feito um ano de 2009 muito bom, com a conquista de alguns torneios dentro e fora do país, Giovanni chegou aos 2660 pontos no ranking da FIDE, e foi conseideram o melhor enxadrista do Brasil, e o 64º melhor enxadrista do mundo. Em 2010, no fim do ano, ele conseguiu de maneira espetacular conquistar seu sétimo título brasielro de xadrez.

Judit Polgár

Judit Polgár é uma das mais aclamadas e habilidosas enxadristas do mundo. Ela superou o magnífico Bobby Fischer na conquista do título de Grande Mestre Internacional, graduação que ela conseguiu com apenas 15 anos de idade.

Ela carrega outro título que a orgulha muito. Foi a primeira mulher a conquistar o título do mundial para menores de 12 anos de idade.Ninguém ainda conseguiu superar seu feito.

Judit começou a jogar xadrez com cinco anos de idade. Seus pais dizem que ela sempre teve uma admiração pelas peças e pelo tabuleiro, coisa que a fez começar a criar gosto pelo jogo na medida que ia crescendo.

Ela passava várias horas treinando, e sua irmã, também enxadrista era a sua adversário durante os treinos. Após ela conquistar o mundial até 12 anos, ela conseguiu uma inédita medalha olímpica, em 1990.

Em 1993, com apenas 17 anos, venceu o ex-campeão mundial Boris Spassky por 5 ½ - 4 ½, em uma série de 10 partidas. O mundo então, começava a ver todo o talento da mulher que estava mais se destacando no cenário do xadrez mundial.

Em 1988 Judit conseguiu figurar entre os 10 melhores enxadristas do mundo, o que na época significava ser a única mulher entre os 120 primeiros do ranking.

Em sua vida profissional, Judit ainda conseguiu fazer algo que para ela tem um grande significado, ela realizou duas partidas contra Garry Kasparov, a primeira partida Kasparov venceu, após tomar um sufoco na jovem húngara. E a segunda partida, após movimentos surpreendentes e brilhantes dos dois lados, Judit ficou com a vitória.

Polgar afastou-se em 2004 para ter um filho, Oliver. A maternidade é considerada a causa de derrotas posteriores. Atualmente ela ocupa a décima oitava posição do ranking feminino da FIDE.

Levon Aronian

Levon Aroninan começou a aparecer para o mundo do xadrez quando venceu o campeonato para menores de 12 anos na Húngria no ano de 1994. Após essa conquista, ele começou a viajar pela europa ocidental/oriental para disputar outros torneios, para que, de acordo com ele, fosse ganhando experiência.

Após passar 7 anos se preparando para novas disputas, em 2002 ele foi campeão do mundo júnior, vencendo Luke McShane, Surya Ganguly, Artyom Timofeev, Bu Xiangzhi, Pentala Harikrishna e outros.

Ainda no ano de 2002, ele conseguiu a sua primeira vitória no Campeonato Nacional da Armênia, Amrênia sendo seu país de origem. Venceu seu adversário com uma diferença de 3 pontos, o que provava cada vez mais que ele estava preparado para novos tentos.

Em maio de 2005 Levon conseguiu uma sequencia de importantes vitórias, entre as mais cinsideráveis estão:

- Ter sido campeão da primeira edição do torneio Karabakh, em Stepanakert, no Azerbaijão. Em dezembro do mesmo ano, venceu Ruslan Ponomariov da Ucrânia na final do Mundial em Khanty Mansiysk, na Rússia. Em março de 2006, Aronian venceu o exclusivo Torneio Internacional Xadrez da Cidade de Linares.

Uma das vitórias mais importantes consideradas por Levon, é a conquista que ele teve com a equipe armênia nas olimpíadas de xadrez de 2006. A Armênia montou uma forte equipe, juntando Vladímir Akopian, Karen Asrian, Smbat Lputian, Gabriel Sargissian e Artashes Minasian.

O ano de 2007 também foi muito importante para Levon. Em janeiro ele conseguiu sagrar-se campeão da Copa do Mundo de Xadrez, o que lhe rendeu vários pontos no ranking da FIDE, e em março de 2007 Levon conseguiu ficar em quarto lugar no importante Torneio de Linares.

Erich Gottlieb Eliskases

Entre as decadas de 30 e 40, Erich Gottlieb Eliskases foi um dos melhores enxadristas que o mundo teve. Fez partidas dignas de um grande mestre.

Erich Gottlieb Eliskases nasceu na Áustria em 1913 e faleceu em 1997. Em relação a outros enxadirstas, ele se difere em uma coisa, ninguém ensinou xadrez para ele, ele aprendeu por conta própria a jogar com 12 anos de idade. Se comparado a outros exadristas que começam ainda com 4 ou 5 anos de idade, Erich começou a jogar relativamente tarde.

Após ter dominado todas as movimentações das peças no tabuleiro, ele começou a se aventurar em alguns clubes de xadrez, para tentar a sorte desafiando outros jogadores Quando ele tinha 14 anos de idade, ele entrou para um clube de xadrez chamado Schlechter. De uma maneira surpreendente, no seu primeiro ano de clube ele já havia ganho o campeonato organizado pelo clube Schlechter.

Nos seus longíncuos 15 anos de idade, ele conseguiu mais um título, mantendo uma escrita de um título por ano, dessa vez ele foi o campeão tirolês. E um ano depois, aos 16, ele foi campeão do Campeonato Austríaco de Xadrez.

Embora tenha cursado o ensino superior na cidade em que nasceu, sempre foi o xadrez que tomava maior parte do seu tempo, chegando a praticar cerca de 8 horas diárias. Tanto treino assim valeu a pena, e nas olímpiadas de Xadrez de 1930, 1933 e 1935 ele foi soberano, derrotou todos os advresários e consagrou-se como um dos melhores enxadristas da sua época.

Os anos 30 estavam longe de ser ruim para a carreira de Erich Gottlieb Eliskases, além dos três primeiros títulos olímpicos, ele conseguiu mais dois títulos, em 1938 e 1939. Esses títulos vieram quando a Alemanha e a Áustria se unificaram, e começou a ser disputado, então, o Campeonato Alemão de Xadrez em Bad Oeynhausen.

A vida do enxadrista ainda guardava algumas surpresas. Enquanto ele defendia a Alemanha nas olimpíadas de xadrez de 1939 na Argentina, estoura a segunda guerra mundial, sendo assim, ele e os outros componentes do time alemão que vieram para a América do Sul decidiram ficar pela Argentina mesmo, chegaram inclusive, a ficar uns tempos no Brasil, até que os ânimos na Alemanha se acalmassem.

Após vários contratempos, ameaças de expulsão do país, dentre outras tantas coisas, Erich veio para o Brasil onde disputou o campeonato gaúcho de xadrez, venceu nos dois anos que participou, 1947 e 1948. Foram tantos anos na Argentina, que o austríaco criou raízes, e logo após 1948 ele se naturalizou argentino, e nas Olimpíadas de 1952, 1958, 1960 e 1964 ele passou a defender seu novo país.

Conquistou os títulos de Mestre Internacional da FIDE em 1950 e o de Grande Mestre em 1952. Teve bons resultados em torneios, incluindo o primeiro lugar sozinho ou empatado nos torneios de Budapeste em 1934 (Campeonato Húngaro), Linz em 1934, Zurique em 1935, Milão em 1937, Noordwijk em 1938 (seu maior sucesso, à frente de Euwe e Keres), Krefeld em 1938, Bad Harzburg em 1939, Bad Elster em 1939, Viena em 1939, São Paulo em 1941 e mais tarde em 1947, Mar del Plata em 1948, Punta del Este em 1951, e Córdoba em 1959. Sua vitória em Noorwijk iniciou uma série de oito torneios consecutivos sem uma única derrota.

Ao final dos anos 30 ele era considerado um dos três melhores enxadristas do mundo, os outros dois eram Keres e Capablanca.

Eliskases continuou jogando nos anos 1950, 1960 e mesmo nos anos 1970, mas seus resultados eram menos impressionantes. Ele casou com a argentina María Esther Almeda em 1954 e teve um filho, Carlos Enrico. Em 1976 ele e sua esposa tentaram um retorno ao tirol austríaco, mas não conseguiram se estabelecer, e retornaram à Córdoba.

Gilberto Milos Júnior

Gilberto Milos Júnior é um enxadrista brasileiro, considerado por muitos especialistas um dos melhores enxadristas do mundo. Gilberto começou a jogar xadrez aos 5 anos de idade, seu pai era um apaixonado pelo jogo, e sempre que podia ele ficava vendo seus pais jogarem. E entre uma partida e outra seu pai ia ensinando movimentos para Gilberto.

Gilberto começou a ter um contato direto com o jogo quando fez 12 anos de idade. Ele começou a se interessar por livros de xadrez, e tudo mais relacionado ao jogo. E ainda aos 12, seu pai o levou até o Clube de Xadrez de São Paulo.

Enquanto jovem, ele empilhou títulos: bicampeão brasileiro cadetes e tricampeão brasileiro juvenil.

Tais títulos qualificaram o brasileiro a participar por 5 anos seguidos do Mundial de Xadrez da categoria, e nas 5 participações, seus melhores resultados foram dois terceiros lugares.

O brasileiro sempre foi muito bom jogador, embora não tenha sido tão precocemente Grande Mestre e Grande Mestre Internacional como alguns outros enxadristas, ele conseguiu seus títulos ainda jovem. Conquistou o título de mestre internacional aos 22 anos e o de grande mestre ao 25. 

Gilberto tem em seu cartel seis bem conquistados títulos brasileiros de xadrez, nos anos de 1984, 85, 86, 89, 94 e 95. Dentre esses seis títulos, nenhum foi mais importante do que o de 1994, pois nesse ano, ele conseguiu uma marca história de fazer 10.5 pontos nas 11 primeiras rodadas, e conseguiu uma incrível pointuação de 2809 pontos de rating no ranking da FIDE, até hoje nenhum outro brasilerio conseguiu alcançar essa marca.

O ano de 2000 foi especial para o brasileiro, ao fim do ano ele foi considerado pela FIDE o quarto melhor enxadrista do mundo, a frente de mestre como Karpov e outros astros.

Indiscutivelmente, Milos é hoje o melhor jogador sulamericano em atividade. Na penúltima listagem do ranking internacional (outubro/2000), ele apareceu como 38º do mundo com a excepcional marca de 2.644 pontos. Atualmente possui 2608 pontos.

Rafael Leitão

Rafael Leitão se destaca entre os demais enxadristas brasileiros, pois ele foi o mais jovem brasileiro a conseguir o título de Grande Mestre Internacional, com apenas 18 anos de idade.

Entre os brasileiros, ele é o mais bem colocado no ranking da FIDE (até dezembro de 2010), ocupando a primeira posição do ranking.

Detentor de diversos títulos, ele começou a adquirir experiência ainda jovem, quando conquistou de uma maneira surpreendente três títulos mundiais FIDE, sendo eles:

-  sub-8, sub-12 (compartido) e sub-18.

O título do campeonato sub-18 é um dos mais festejados por Rafael, e muito parabenizado por diversos especialistas do xadrez, pois o alto nível das partidas exigiu muito do enxadrista brasileiro, e ele se demonstrou almtamente capaz de jogar de igual pra igual, e até mesmo vencer as potências de xadrez da Rússia.

Os principais títulos da vida de Rafael Leitão são:

Campeão Brasileiro mirim, 1989
Campeão Panamericano mirim, 1989
Campeão Panamericano Pré-Infantil, 1990 e 1991
Campeão Brasileiro Pré-Infantil, 1991
Campeão Mundial Pré-Infantil, 1991
Campeão Panamericano Infantil, 1993
Campeão Panamericano de Cadetes, 1994 e 1995
Campeão Panamericano Juvenil, 1995
Campeão Panamericano Infanto-Juvenil, 1996
Campeão Mundial Infanto-Juvenil, 1996
Olimpíada de Yerevan (Armênia), 1996 (1º tabuleiro do Brasil)
Campeão Brasileiro Absoluto, 1996, 1997 e 1998
Campeão do Zonal 2.4 da FIDE (empatado com Milos e Sunyé) 
Campeão da Copa Itaú, 2000
Olimpíada de Istanbul (Turquia), 2000 (2º tabuleiro do Brasil)
Campeonato Mundial Absoluto, Nova Delhi, Índia (Classificado entre os 16 melhores)
Campeão da Copa Itaú, 2000
Campeão da 8ª etapa do Aberto do Brasil 2002
Olimpíada de Bled (Eslovênia), 2002 (integrante da Esquipe do Brasil)

Mikhail Tal

No inícios dos anos 60, o mundo estava conhecendo o seu mais novo campeão mundial, Mikhail Tal, um habilidoso enxadrista que estava rumando pra grandes voos no mundo do xadrez profissional.

Ele foi conquistando importantes vitórias usando uma arma que ainda hoje é muito difícil para muitos enxadristas usarem. Ele tinha a capacidade fazer cálculos e memorizações surpreendentes, além de exibir algumas posições um tanto estranhas de suas peças.

Com muita facilidade ele conquistou o Campeonato Mundial dos anos 1960 e 1961.

Antes de ser consagrado como um autêntico campeão do mundo, Mikhail Tal teve um caminho árduo a ser percorrido. Conquistou os títulos do Campeonato Nacional de Xadrez da União Soviética dos anos de 1957 e 1958.

No Torneio Interzonal e no Torneio de Candidatos ele conseguiu levar os espectadores a loucura, fazendo movimentos precisos, com uma confiança jamais vista na época. Porém, no Torneio de Candidatos ele não conseguiu vencer, seu adversário Botvinnik teve uma vitória no último match, o que causou um forte impacto em todos na torcida.

Anos mais tarde foi constatado que durante toda a carreira de Tal, uma séria doença crônica nos seus rins o prejudicou de participar de eventos importantes. Mas jamais foi ouvida qualquer reclamação da parte dele.

Seu apetite pelo xadrez excede o de qualquer outro grande-mestre. Fazia análises post-mortem, relatos para a imprensa, registrava suas partidas e - entre um torneio e outro - jogava xadrez relâmpago em partidas de cinco minutos para cada jogador. Sua reputação de vencer mesmo em posições delicadas aliada ao olhar hipnótico fixado no adversário fizeram o grande-mestre norte-americano Paul Benko usar óculos escuros para jogar com Tal num Torneio de Candidatos.

Se as brilhantes combinações de Tal são aprendidas com dificuldades por um mestre de grande porte, imagine, então, por um jogador comum. Contudo, seu jogo oferece algumas lições de proveito: primeiro, conduzir a partida para posições obscuras desequilibra muitos adversários, e um ataque com sacrifício, em tais circunstâncias, pode funcionar, mesmo sem um objetivo sensato; em segundo lugar, assim como com Alekhine, a competitividade é de extrema importância; em terceiro, a prática e o teste de variantes no xadrez relâmpago, desprezado por alguns mestres, é um método seguro e compensador de treino para grandes eventos.

Henrique da Costa Mecking

Há alguns anos a FIDE publicou em uma reportagem em seu site que, dizia que Henrique da Costa Mecking era o melhor enxadrista que o Brasil havia produzido, devido a sua competitividade e audácia em realizar jogadas que deixavam seus adversários desconcertados.

Durante a sua juvente, devido aos altos índices de vitórias e jogadas incríveis, ele foi comparado a grandes ídolos, tais como o norte-americano Bobby Fischer e o russo Garry Kasparov.

Mecking viveu em um ambiente onde era propício saber jogar xadrez, seu pai jogava, e ele, então, enquanto criança decidiu começar a praticar. Logo aos 13 anos de idade ele foi campeão brasileiro absoluto, no fim do ano de 1965.

Mequinho, comp é carinhosamente conhecido, conquistou o título sul-americano no ano seguinte e, quando completou 15 anos, bateu dois recordes de peso: foi o mais jovem jogador a vencer um campeonato continental e, de quebra, tornou-se, naquela época, o mais jovem mestre internacional da história do xadrez.

O inícios dos anos 70 para ele foram o máximo, pois em 1972 Mequinho garante o título de Grande Mestre Internacional, sendo um dos primeiros brasileiros a atingirem esse nível de xadrez.

Eis então que, em 1978 um grande golpe atinge a vida do enxadrista, um problema sério de saúde o obriga a interromper sua carreira por um tempo, sua doença comprometia seriamente o sistema nervoso e os músculos de uma forma geral. Mequinho tentou um retorno em 1991, mas após perder duas vezes ele decidiu parar por tempo indeterminado. Sua volta acontece 9 anos depois, em 2000, em uma disputa contra o atual tricampeão nacional da época, Giovanni Vescovi.

Mequinho mostra que é ainda um jogador de muita força, apesar de dedicar a maior parte de seu tempo à sua fé religiosa. Uma prova disso foi em 2001, no Magistral Najdorf - Argentina, ter empatado com Judit Polgar, a maior enxadrista da história, e também com o seu antigo adversário Viktor Korchnoi.

Atualmente Mequinho é o número 5 do Brasil, com uma pontuação de 2548 no rating FIDE de janeiro de 2010.

Michael Adams

Michael Adams é um dos melhores enxadristas da Inglaterra, tendo se destacado ainda muito jovem no cenário mundial do xadrez profissional. Ele conseguiu um feito que inglês nenhum até hoje conseguiu fazer, ele conseguiu o título de Grande Mestre com dezessete anos de idade, em 1989, tal título veio após ele conquistar o Campeonato Britânico de Xadrez.

Entre os anos de 1994 e 1996 ele empilhou vitórias em torneios de pequena expressão, em muitos chegou a ser o campeão, entretanto, em grandes torneios seu desempenho não foi tão bom. No campeonato mundial da FIDE de 1997, ele chegou confiante para as disputas, uma vez que, os três principais nomes do xadrez mundial não iriam participar, eram eles,  Kasparov, Kramnik e Kamsky. Adams foi fazendo grandes partidas, até que conseguiu chegar na final e disputar o campeonato contra Anand. Embora seu empenho tenha sido hercúleo, ele não foi páreo para Anand e acabou sendo derrotado.

No Campeonato Mundial de 1999 da FIDE, Adams chegou às semifinais, perdendo para Vladimir Akopian;

em 2000, chegou às semifinais, sendo derrotado por Anand;

em 2002, foi abatido por Peter Svidler na 16ª rodada.

Michael Adams realmente não estava com sorte no quesito Campeonato Mundial.

No ano de 2004 novas esperanças. Após realizar eletrizantes matchs contra os mais distintos adversários, ele chegou a tão aguardada final. Porém, mais uma vez ele não conseguiu superar as espectativas, e mais uma vez, para desespero dos ingleses, ele foi derrotado por  Rustam Kasimdzhanov.

Mas nem só de vices é a história de Adams, ele conquistou outros importantíssimos torneios, são eles:

  • Lloyds Bank 1988
  • Natwest Masters 1989
  • Campeonato Britânico 1989
  • Lloyds Bank 1990
  • Groningen 1991
  • Terassa 1992
  • Bruxelas S.W.I.F.T. 1992
  • Tilburg 1992
  • Dublin Zonal 1993
  • Groningen 1994
  • Dos Hermanas 1995. 
  •                                                                                                                                                                                                                                                      Alexander Morozevich
  • Para manter a escrita de bons jogares russos, eis que a mãe Rússia apresenta ao mundo, Alexander Morozevich, um dos mais bem qualificados jogadores do mundo atualmente. É um grande mestre de extrema habilidade, e um tático nato.
  • Há mais de uma década a FIDE lista ele como sendo um dos melhores do mundo, embora nunca tenha ocupado o posto número um do ranking, ele sempre figurou entre os 10. Sua marca registrada em quase todos os matchs, são as suas aberturas que, na maioria das vezes costuma deixar os adversários confusos.

    Quase todas as suas jogadas são imprevistas, de forma que ele é considerado um dos enxadristas mais destemidos do xadrez mundial. Devido a essas jogadas, raramente suas partidas terminam empatadas.

    Nas Olimpíadas de Xadrez de 2000 ele teve boas atuações, mas não conseguiu chegar capacitado para disputar uma medalha de ouro, terminou a competição com um merecido terceiro lugar, chegando a um rating de 2803. Na Olimpíada de 2002 ele conseguiu levar pra casa, pela primeira vez, a tão esperada medalha de ouro.

  •  

    No torneio de Âmbar, sua párticipação foi muito bem notada, conseguiu terminar em primeiro, junto com Kramnik por duas vezes, 2002 e 2004, e em 2006 também teve que dividir o primeiro lugar, mas desta vez com Anand. Ele conseguiu emendar uma sequencia de vitórias em importantes torneios.

    - Consquistou o torneio de Biel por três vezes, 2003, 2004 e 2006;
    - Duas vezes camão do Campeonato Russo nos anos de 1998 e 2007.

    Atualmente ocupa o quarto lugar no ranking da FIDE, com 2800 pontos.

  • Viswanathan Anand

    Comparado com a União Soviética, a história da Índia tem mostrado poucos jogadores de xadrez ao longo dos anos, porém, recentemente a Índia tem produzido grandez jogadores, e o maior deles atualmene é Viswanathan Anand, atual campeão mundial de xadrez.

    A Índia sendo um dos maiores países do mundo, muito pouco produziu enxadristas que figuraram entre os 10 primeiros da kaning da FIDE, Anand veio para quebrar essa escrita. Teve grande sucesso ainda muito cedo no mundo competitivo. O ano de 1983 foi o grande início do sucesso do indiano, aos catorze anos de idade ele venceu de maneira espetacular o campeonato de xadrez indiano, na categoria sub-júnior.

    Quando completou 15 anos de idade ele conseguiu um feito que o consagrou para sempre na Índia, ele conseguiu obter o título de Mestre Internacional, o ano de 1984 não poderia ser melhor. E o melhor, quando estava no auge dos seus 16 anos ele foi campeão nacional. Ele conseguiu repetir o feito por mais duas vezes.

    Em 1987, foi o primeiro indiano a ganhar o Campeonato do mundo de xadrez júnior. Aos dezoito anos tornou-se o primeiro Grande Mestre indiano.

    A década de 2000 também foi especial para o indiano, venceu vários dos principais torneios de xadrez do mundo:

    - Torneio de  Dortmund em 2004;
    - Torneio Corus, tendo vencido duas vezes, nos anos de 2003 e 2004, realizado na cidade holandesa de Wijk aan Zee.

    Há mais de 10 anos que Anand consegue se manter entre os 5 melhores do mundo, tendo passado 7 anos no top 3. Anand conseguiu o feito de atualmente ser o único enxadrista não russo do mundo a figurar no topo do ranking da FIDE. O último que conseguiu tal feito por tanto tempo foi Bobby Fischer.

    Anand ganhou por três vezes o Chess Oscar (Oscar do xadrez, um importante prémio que distingue anualmente um jogador de xadrez encarado como superior aos outros nesse ano), nos anos de 1997, 1998 e 2003.

    Após ter participado do campeonato mundial da PCA, ele foi vencendo até chegar a final com o grande Garry Kasparov  World Trade Center em Nova Iorque. Cerca de 57 televisões do mundo todo foram até o local para cobrir ao vivo o match. Os primeiros 8 matchs terminaram empatados, e após mais de 4 horas de partida, Anand conquistou a vitória no nono match, perdendo depois quatro dos cinco jogos seguintes, cifrando-se o resultado do match numa derrota por 10,5–7,5.

    No ano de 2000 o indiano finalmente consegue vencer o campeonato mundial organizado pela FIDE, batendo o fabuloso Alexei Shirov. Anand tornava-se assim, o primeiro indiano a conquistar o título.

    Em Setembro de 2007, em um campeonato realizado na Cidade do México, Anand conseguiu novamente o título de campeão mundial de xadrez, desta vez absoluto e unificado, tirando o título de campeão do mundo de Vladimir Kramnik.

    Em 2010 o indiando aprontou de novo, e venceu o búlgaro Veselin Topalov, e venceu pela terceira vez o Campeonato Mundial de Xadrez, na cidade de Sófia, Búlgaria.

Vladimir Kramnik

Um dos melhores enxadristas russos dos últimos tempos, chamou a atenção de Garry Kasparov em 1992, quando em toda a Rússia não se falava em outra coisa sem ser a grande ascenção de Vladimir no mundo xadrez. Garry resolveu acompanhar as partidas do rapaz, e ficou muito contente com o que viu. Um jogador versátil, inteligente e brilhante.

Não se pode dizer que Kramnik aprendeu a jogar xadrez aos 5 anos de idade, pois aos 5 anos de idade ele já tinha uma rotina diária de treinamento com seu pai. Com 11 anos de idade ele conseguiu o título de Grande Mestre

Com ajuda, (muito bem-vinda) de Garry Kasparov, Vladimir conseguiu um lugar na seleção russa de xadrez que foi para as olimpíadas de Manila, em 1992. Com a ajuda de Kramnik a Rússia ganhou a medalha de ouro. Após essa olimpíada ele conseguiu o título de Grande Mestre Internacional.

Kramnik é conhecido no mundo do xadrez como um enxadrista muito cauteloso, não faz ataques sem antes ter pensado muito bem antes. É por ele ser tão cauteloso assim, que ele atinge incríveis marcas de poucas derrotas em toda a sua vida profissional.

Entre as entidades dissidentes da FIDE, Kramnik ainda é o campeão, tendo tirado o título de Kasparov em 2000.

Entre 25 de novembro e 5 de dezembro de 2006 Kramnik enfrentou o computador Deep Fritz e foi derrotado, perdendo 2 partidas e empatando 4. Na primeira derrota, Kramnik, concentrado apenas no flanco da dama onde um peão passado poderia levá-lo a vitória, deixou passar a possibilidade de Fritz aplicar-lhe mate na jogada seguinte e perdeu um jogo que poderia ter ao menos empatado facilmente.

Atualmente Kramnik está figurando no Top5 do ranking da FIDE, e está em grande ascenção.

 

 

Teimour Radjabov

Embora oficialmente a Unão Soviética não exista mais, é dessa parte do mundo que é a grande responsável por produzir enxadristas que estão sempre no topo, nesse caso, é do Azerbaijão que vem Teimou Radjabov, uma das personalidades mais badaladas do xadrez mundial atualmente.

Radjabov tornou-se Grande Mestre aos 14 anos, sendo naquela altura o segundo GM mais novo de todos os tempos. Ainda na juventude ele foi o responsável por voltar a colocar o Azerbaijão no rumo das vitórias nas Olimpíadas de Xadrez. A equipe olímpica do Azerbaijão encontra-se invicta a 11 matchs desde que Teimour começou a integrar a seleção.

Com 15 anos de idade, ele conseguiu um feito que, para ele ficará guardado na memória para sempre. Ele conseguiu derrotar ninguém menos do que Garry Kasparov, no ano de 2006 (Kasparov parou de jogar oficialmente em 2005).

Este enxadrista conseguiu ser o mais jovem integrante do Top100 do ranking da FIDE. Em 2002, quando ele ainda tinha apenas 14 anos de idade, ele conseguiu uma classificação maravilhosa, ele era o número 93 do mundo.

Uma curiosidade, ele é o único enxadrista que conseguiu derrotar 3 ex-campeões do mundo com as peças pretas, foram eles, Garry Kasparov, Viswanathan Anand , e Ruslan Ponomariov, e isso tudo em um único ano.

 

Peter Svidler

Peter Svedler segue a linha dos jogadores russos, e aprendeu a jogar ainda criança, com 6 anos de idade. Foram praticamente 10 anos praticando até ter a sua primeira disputa profissional. Porém, logo que começou a participar de eventos oficiais, seus frutos foram colhidos rapidamentes, com 18 anos estava conquistando seu título de Grande Mestre, no ano de 1994.

Após essa conquista ele começou a empilhar títulos. Venceu 4 vezes, de maneira espetacular o Campeonato de Xadrez da URSS, nos anos de 1994, 1995, 1997 e 2003.

No ano de 2001 ele teve um excelente participação no Campeonato Mundial de Xadrez, chegando até as semi-finais. Mas ele ainda não tinha maturidade o suficiente para bater de frente com grandes nomes do xadrez da época, sendo assim, ficou para mais tarde a sua conquista.

Entretanto, o que falta de Campeonato Mundial, sobra de vitória em Olimpíadas, são 5 títulos, nos anos de 1994, 1996, 1998, 2000 e 2002, e um segundo lugar no ano de 2004.

Entre as olimpíadas de 1996 e 1998, ele disputou um torneio na Holanda, na cidade de Tilburg, nesta ocasião ele conseguiu ficar empatado em primeiro lugar com o melhor enxadrista da Holanda na época, o que lhe rendeu bons pontos para o ranking da FIDE.

O ano de 2005 prometia, pois Peter vinha de uma série de vitórias impressionante, naquele ano foram poucos os enxadristas que obtiveram tantas vitórias consecutivas. Sendo assim, ele conseguiu classificação para o Campeonato Mundial de Xadrez daquele ano. Ele foi para o torneio com uma certeza, a pedra no sapato de todo enxadrista não estaria lá, pois Garry Kasparov anunciava a sua aponsentadoria um pouco antes do Mundial. Entretanto, não foi Kasparov a pedra no sapato do russo, a pedra da vez era  Veselin Topalov, após uma partida contra um enxadrista russo, ele saiu perdedor, e dividiu então, o segundo lugar comViswanathan Anand.

Atualmente (dez/2011), Peter ocupa a décima segunda posição no ranking da FIDE, com um rating de 2755.

 

Tigran Petrosian

Tigran Petrosian fez grandes jogos ao longo da sua carreira como enxadrista. Dono de grandes feitos, ele é um dos jogadores mais lembrados por todos os enxadristas da atualidade. Tigran nasceu na Georgia, no dia 17 de Junho de 1929 e veio a falecer em em 13 de Agosto de 1984, Moscou, morreu novo, com 55 anos de idade.

Enquanto esteve na ativa na sua vida profissional, ele conquistou vários títulos, sendo o mais importante deles, o Campeonato Mundial de Xadrez. Os seus resultados no torneio trienal, que determina o jogador que vai disputar com o campeão do mundo pelo o título da modalidade, demonstram uma sólida evolução: 5º em Zurique em 1953; 3º lugar partilhado em Amsterdã em 1956; 3º na Iugoslávia em 1959; 1º em Curaçao em 1962. Em 1963 derrotou Mikhail Botvinnik com o resultado 12,5 – 9,5 tornando-se campeão do mundo de xadrez.

Em 1966, surge a possibilidade de defender seu título, ele jogou todas as partidas de maneira simples, porém diretas, venceu todos os principais matchs, chegando para disputar a grande final contra Boris Spassky. A grande final foi digna de virar filme, foi um jogo épico, no qual Boris saiu como vencedor, mas em todas as suas entrevistas, ele sempre comentava que seu xadrez teria que melhorar muito, e elogiava muito Petrosian, pois ele lhe impusera grande dificuldade na final.

Entretanto, o maior feito de Tigran Petrosian foi ter vencido o fenômeno do xadrez, Bobby Fischer; Ele conseguiu interromper uma série de dezenove vitórias consecutivas do americano. A vitória veio na disputa do torneio de Candidatos, em 1971.

Em homenagem a seus grandes feitos e apresentações, existem duas jogadas no xadrez que levam seu nome, são elas:

A variação de Petrosian da Defesa Indiana de Rei (1. d4 Nf6 2. c4 g6 3. Nc3 Bg7 4. e4 d6 5. Nf3 O-O 6. Be2 e5 7. d5) e também a na Indiana da Dama (1. d4 Nf6 2. c4 e6 3. Nf3 b6 4. a3).

 

Alexandr Fier

Alexandr Fier é um dos melhores enxadristas sul-americanos da atualidade (dez/2011). Começou a jogar xadrez com 6 anos de idade, quando de maneira incrível venceu o Campeonato Paranaense Sub-10 de Xadrez. Ele praticamente passou por todas as categorias sub-profissionais, até chegar aos 16 anos de idade, quando recebe o título de Grande Mestre, e doius anos mais tarde, recebe o título de Grande Mestre Internacional, ele foi o brasileiro que recebeu mais rápido esse título.

Entre suas atuações destaca-se a conquista invicta do 72° Campeonato Brasileiro em Guarulhos, 2005 e o bicampeonato paulista 2007/08. Representou o Brasil nas Olimpíadas de Calvia 2004 e Torino 2006.

No torneio Parque das Águas Claras, que contou com a participação de grandes enxadristas nacionais como Jaime Sunye, Everaldo Matsuura e Jefferson Pelikian, obteve uma das maiores performances ELO da história do Xadrez: 3120, comparável à performance de Bobby Fischer no campeonato dos Estados Unidos. Em 2009, é o número um do Brasil e 95º no mundo. Em setembro de 2009 atingiu o rating de 2644. Entre seus tantos títulos conquistados, está o título sul-americano, feito que o fez ficar com a melhor colocação entre os sul-americanos no ranking da FIDE.

Em 2011 ele aceitou o desafio contra Henrique Costa Mecking, e após uma melhor de 4, ele venceu a lenda brasileira, e sagrou-se definitivamente, como o maior enxadrista brasileiro da atualidade.

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